Permaneço entre aquilo que me excita e aquilo que me da prazer... Desconheço o que me completa

domingo, 13 de novembro de 2011

PÉROLA


Na fresta dos vidros
Reflexos de nós
A luz pedindo socorro
Nossos olhares combalidos
Um abraço sentido
No teu corpo mergulho, escorrego
A pérola no teu puro brilho
Teus pelos eriçam, ondas plenas
Um turbilhão, paixão eminente, quente
Nos teus céus a pérola brilham mais que estrelas
Rasga inspiraçoes e sorves minhas taças cristais
O champanhe e a rosa, bêbados de quereres
Banhando prazeres num mar de afetos
Vooa.. nas horas da madrugada interminável
Levanta-me soberano, hipnotizado
Ofusca abajur
E teu calor resvala minha carne, ostenta luz
Sangra-me certezas, um escravo
O pompoarismo dos nossos corações
Prendes, engoles seus colares em um ais
O fio de meia, a seda desfia a hora
Arrebentação em cadências treme, domada
Descanso na espuma de teu ventre
Dormes solto em minha concha
Presos aos lençóis, mãos entrelaçadas
Suores sôfregos flutuam no quero mais 
Aquele quarto...
A cápsula de perfumes embaixo de nossas línguas
E a janela trinca
Sabor de sal no sol
Que desponta lá no horizonte

Um comentário: