Permaneço entre aquilo que me excita e aquilo que me da prazer... Desconheço o que me completa

sexta-feira, 8 de abril de 2011

PÉROLA

 
Pérola
Na fresta dos vidros

Reflexos de nós
A luz pedindo socorro
Nossos olhares combalidos
Um abraço sentido
No teu corpo mergulho, escorrego
A minha pérola é como ouro
Engato no delirio, acordado e real
Teus pelos eriçam, ondas plenas
Um turbilhão, paixão eminente, quente
No meu céu a pérola bronzeada
Entre o véu de ceda que envolve seu corpo
Lentamente esse véu cai...
Caminha até mim
seios  eriçados com  olhar me diz:
Vem me sorves...
Entre taças e cristais
O champanhe e a rosa, bêbados de quereres
Banhando prazeres num mar de afetos
  O suspiro bate entre a brisa 
Nas altas horas da madrugada interminável
Levanta-se soberana, cintilo
Ofusca abajur
E teu cio resvala minha carne, ostenta luz
Sangra-me certezas,
Uma rainha ou escrava
  A batida de nossos corações
Prendes, engoles seus colares em ais
O fio de meia, a seda desfia a hora
Arrebentação em cadências desejos...
Domada
Descanso na espuma de teu ventre
Dormes solto em minha concha
Presos aos lençóis, mãos entrelaçadas
Suores sôfregos flutuam no quero mais
A cápsula de perfumes embaixo de nossas línguas
E a janela trinca
Sabor de sal no sol
Que desperta....
lá vem o dia...
Não quero!!!
Mas preciso partir...

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