Sabe aquele beijo do sonho
Foi o medo que não deixou
Que impede de crescer
Que embrulhou com laços
Liberdade não tem tamanho
Sabe o sexo do descaso
Maltratou a alma e o calor
Joga a chance de se ter
Deixa o ventre sem espaço
O sorriso da libido em atraso
Sabe aquele carinho negado
Que seu critério não deixou
Ignorou seu querer
Mau conselho da vaidade
Nasceu ruim seu legado
Sabe sua fé cega declarada
Chagas na vitrine para expor
Precisa crer para ver
Toda benção de quem sabe
É da visão de uma vida amada
Sabe aquele que te invejou
Insegurança firme e brada
Perde a chance de reler
Enverniza-te entre grades
Foi sua couraça que criou
Sabe o que torna tarde
Entrar na cova que cavou
E sem conhecer
O limite te enfraquece
Perde seu embarque
Sabe aquela ideia que não teve
E que sempre ignorou
Sentir em seu perceber.
La estava sua verdade
O nó firme de sua rede
Sabe a depressão passada
São sentidos em protesto
Jeito de não esquecer
Que sua conexão se rompeu
Outros são infernos e muralhas
Sabe o amor que perdeu
O mandado pelo cupido
Deixou o anseio padecer
E sua essência travada
Ao que universo ofereceu
Sabe a face sem rubor
Que sua tribo abafou
Impede de o fogo ascender
E olhar mostra cansaço
Da alma sobre signo do pavor
Sabe a batalha que entregou
Não viveu a beleza da ação
E nunca perecer
Por conta do realista rogado.
Galeria de derrotas acumulou.
Sabe que você sempre rogou
Não foi ouvida a percepção
Para o espirito não atender
Tornando o enforcado
Dos arquétipos do Tarô.
Sabe que você que sempre sabe
Caminhou sem noção
E Barrou seu saber
Principio moral ofuscado


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