Eu com meus pensamentos
resolvi nesse poema me vestir de menino travesso.
Não vou bater na tua porta, não...
Vou pular tua janela.
E não adianta trancá-la,
eu arrombo...
Se estiveres dormindo não faz mal não....
Eu vou chegar de mansinho,
Sem fazer alarde,
para não te assustares.
Eu chegarei perto de ti,
Apenas sentindo teu perfume
De loba, de menina, de fêmea
E eu, como um lobo sedento, te acho,
Encho tua boca com minha língua...
Sentirás a pressão de meu corpo sobre o teu,
Te renderás sem nenhuma resistência...
Eu sei...
Deixar- te-ei nua para sentires meu corpo nu
Meus sentidos estarão todos atentos
Para te sentir...
O ritmo do teu corpo
em sintonia com o meu corpo.
Uma só voz, um só corpo, em um só desejo...
Eu te desejo, tu me desejas;
Eu te pertenço, tu me pertences;
Podemos ser donos um do outro,
Podemos ser donos da madrugada,
Podemos ser duas estrelas com o mesmo brilho...
Pode ser eu e você e nada mais.
Neste momento o tempo há de parar,
As ondas do mar se acalmarão,
O silêncio se calará diante de nosso fogo...
E assistirão, intrépidos, ao nosso show...
Não temos pressa.
O amor se transforma em loucura
E, loucos que somos,
Vivemos este momento único...
A nossa loucura não termina
Continuamos nossa viagem...
Meu corpo pede o teu
que, faminto, se entrega..
Nossos corpos se falam no contato,
Nossa bocas, sedentas,
se perdem uma na outra;
Nossas mãos se perdem na vastidão
de nossos corpos;
Nosso desejo é que esta eternidade
não termine,
Que nossa fome nunca seja saciada,
Que nosso fogo jamais seja extinto!
Escuto teu choro baixinho,
Pedindo que eu a atravesse a madrugada a sua procura...
Meu desejo é estar com você
E um cafuné lhe fazer!
Minha língua, inquieta,
procura teus cantos mais íntimos
E se perde no caminho,
onde a loucura se torna dona de nós...
Não haverá jamais um momento como este!
Te sinto como jamais senti...
Me sinto um menino travesso...



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